sábado, 11 de fevereiro de 2012

Capítulo 2 - Somethings never change - Parte I


Acordei, sem minha mãe chamar, sem relógio despertar, simplesmente acordei, foi automático. Ansiedade? CONCERTEZA! A roupa que eu iria usar já estava em cima da cama, minha mae era a melhor nisso. Uma calça jeans, um Nike, uma blusa de frio preta com uma regata branca por baixo. Estava frio em Atlanta. Me vesti rapidamente, e fui pro banheiro me maquear.. Uma maquiagem não muito discreta, afinal, eu não sabia que eu poderia encontrar. Peguei as duas malas, estavam pesadas, então decidi jogá-las de cima da escada, fez um barulho muito alto e eu ri comigo mesma. Desci as escadas, quase caindo, novamente. Corri até a cozinha e peguei uma maçã na fruteira.
- MÃE! MÃE! - Gritei o mais alto que podia, com a boca cheia após morder a maçã.
Ninguém respondeu, então decidi gritar denovo.
- MÃAAAAAAAAAAE!
- O QUE FOI? O QUE FOI? - Disse ela, assustada ao pé da escada.
- Tá em cima da hora, vou .. - Falei, dando outra mordida na maçã. -.. me atrasar pro vôo! chame o táxi.
- Ok , ok ! - Disse ela pegando o telefone e discando os numeros rapidamente. - Alô! Eu quero um táxi para um aeroporto. É, a casa dos Stewart. Estou esperando, não demore.
- Me ajuda a por as malas lá fora? - Disse mastigando, jogando o resto da maçã do lixo e indo pra sala pegar as malas que eu havia jogado.
- Ok. - Disse minha mãe me acompanhando e pegando uma das malas. - Está ansiosa filha?
- Pouco. - Fiz um tom irônico. - Eu quero sair logo daqui antes que um daqueles solteirões começem a bater na porta atrás de você.
- Muito engraçado. - Disse ela fazendo uma careta e abrindo a porta com a mão livre.
Peguei a bagagem de mão, ou seja, minha mochila e coloquei nas costas, caminhando até a porta, já aberta.
O táxi já havia chegado, e minha mãe já veio com as ''recomendações''.
- Filha, cuidado, não fique até tarde na rua, não dê muito trabalho ao seu pai, cuidado com as amizades, não fale com estranhos.. se for a alguma festa, não beba do copo de ninguém, e se cuide. - Disse ela com todo aquele papo e me olhando.
- Mãe! tá bom.. vou me atrasar! - Disse enquanto eu via o motorista pegando minha mala e colocando no porta malas.
- Ok filha, se cuida. Te amo. - Ela disse.
- Também. - Beijei o rosto dela e entrei no carro, abaixei o vidro pra olhá-la enquanto o carro ia se distanciando e acenei.
O caminho até o aeroporto não durou mais que 10 minutos, como era cedo, não havia transito, e a distancia entre minha casa até o aeroporto era mínima. O motorista foi ligeiro, quando chegamos já correu até o porta malas, retirou minha mala e abriu a porta pra mim. Com a mochila nas costas e puxando as duas malas de rodinha, eu entrei no aeroporto. Logo vi o balcão da companhia que minha mãe havia me dito, fiz o check-in, e já entrei no portão indicado. Já haviam feito a chamada do vôo, e então, eu já estava na pequena porta de entrada do avião.
- Bom dia. - Disse a aeromoça com um belo sorriso no rosto.
- Bom dia. - Eu retribui.
Não foi dificil achar minha poltrona. Eu já sabia que não era recomendade, mas assim que sentei, liguei meu celular, coloquei meus fones e comecei a ouvir musica.. não foi dificil pegar no sono.
- Já estamos sobrevoando Stratford - Canadá, coloquem os cintos de segurança e preparem-se pra aterrissagem. - Disse a mesma aeromoça do belo sorriso, avisando aos passageiros.
O frio na minha barriga só aumentava e era quase impossivel ficar parada na poltrona. Papai já havia me falado que não ia dar pra me buscar pois estaria em uma reunião de negócios e que novamente eu teria que pegar um táxi. O avião foi aterrisando e eu retoquei a maquiagem rapidamente.
- Obrigada por voarem com nossa companhia, aproveitem a viagem e até a próxima.- Disse a aeromoça, e depois repetindo em outras linguas.
Peguei minha mochila e saí do avião correndo. Não foi dificil localizar minha mala.. Mamãe havia feito questão de comprar uma mala lilás! Peguei a mala de rodinhas-super-discreta-roxa e saí do aeroporto. Já havia um táxi me esperando.
- Srta. Stewart? - Disse o belo rapaz. Deduzi que seria o motorista do taxi.
- Eaí. - Larguei minha mala e entrei no táxi.
Não demorou e o motorista também já estava dentro dele. Como ele já sabia o caminho foi tudo mais fácil e rápido. Estava muito frio! Não me lembrava tanto desse frio..
- Chegamos Senhorita Stewart. - Ele disse. Poxa, pra que ele tinha que dizer isso? Eu nem sentia mais minha barriga de tanta ansiedade, e o sorriso de orelha á orelha foi automático.
Saí do carro, e minhas malas já estavam do lado de fora. Olhei a frente da casa gigante, ainda no tom de verde musgo, e muito elegante, com as varandas externas e janelas em tom de branco.
- É, chegamos. - Eu disse, sorrindo.
Suspirei, olhando aquela casa familiar. Se eu pudesse me ver nessa hora, eu poderia dizer que meus olhos brilhavam! Por fora, pude perceber que nenhuma luz estava ligada, então realmente não havia ninguém em casa.
- Obrigada. - Agradeci ao moço do taxi, sai do taxi e nao me virei pra trás.
- Por nada. - Disse ele entrando no carro e indo embora.
Peguei minhas malas pela alça, pois rodinhas eram inuteis em torno daquela neve toda, e quando ia dar o primeiro passo em direção á casa..
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAASH! - A mesma voz familiar da pessoa que me divertia, Christian.

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