quarta-feira, 28 de março de 2012

Capítulo 8 - Where are you now? I can't see the light. - Parte III



Não demorou e chegamos ao hospital. Eles desceram a maca e saíram correndo com ela pela porta de emergencia. Soltei sua mãe e me senti como se estivesse sem chão. Christian, Jhenny e eu entramos na sala de espera do hospital. Já haviam telefonado pro pai de Ash, e ele já estava a caminho. Nos sentamos na sala de espera e demos as mãos, para que desse tudo certo.
- Justin, Christian, Jhenny! Como vocês estão? - Ouvimos uma voz, eram Chad e Sophie.
- Estamos bem. - Falamos em coro.
- E Ashley? Onde está? O médico já disse algo á vocês? - Ele se sentou com Sophie no outro sofá, e preocupação estampada em seu rosto.
- Não, ainda nada. - Jhenny disse. - Isso está nos matando.
O tempo se arrastava, como se nunca quisesse passar. Como se um segundo demorasse uma eternidade. Logo, passaram-se duas horas e nada. Eu ainda tremia de nervoso. Qualquer barulho que fazia, de pessoas andando, ou ir e vir de médicos e outros funcionários do hospital, ou pacientes nós olhávamos.
- Eu vou entrar lá dentro! - Eu ameaçei levantar e Christian me puxou pra baixo denovo, sentei-me novamente.
- Relaxa cara! Eles sabem o que fazem, eles são profissionais. Deixe eles trabalharem em paz! - Christian disse, fazendo um gesto com as mãos.
De repente ouvimos um barulho, alguém atravessava o carredor vindo em nossa direção.
- É o médico. - Chad se levantou, de mãos dadas com Sophie.
Assim, todos nós levantamos.
- Vocês são parentes de Ashley Stewart? - O médico perguntou, com uma prancheta na mão.
- Sim, somos. - Todos responderam em coro.
- Bem. O caso dela é complicado. - Ele respirou fundo. - Ashley sofreu traumatismo crâniano. Está em coma induzido agora. Eu e os outros médicos achamos melhor deixá-la assim por alguns dias. Após o coma ela vai perder a memória parcialmente.
- Perder a memória? - Chris disparou.
- Acalme-se! - Ele explicou. - Apenas por um tempo.
- Mas ela está bem? - Perguntei, ansioso.
- Quebrou duas costelas, e o pulso. - Ele olhou pra mim. - O quadro dela está instável.. Por enquanto, ela está respirando por meio de aparelhos. -
- Podemos vê-la? - Jhenny perguntou.
- Sim, podem. - Ele nos olhou. - Mas um de cada vez.
- Sophie e Eu vamos primeiro. - Chad falou.
- Ok. - Nós dissemos em coro, e nos sentamos novamente.
Chad e Sophie deixaram a sala de espera e foram em direção ao corredor. Em poucos segundos não se ouvia mais os passos deles. Estava tudo muito silencioso, e muito vazio. O barulho do telefone tocando na recepção era a unica coisa que quebrava o total silencio. Christian abraçou Jhenny e ambos se encostaram no sofá, enquanto eu, fiquei de cabeça baixa e sentado no outro. Ainda estava preocupado, mas queria ser forte, parecer forte, e aguentar. Passaram-se 30 minutos exatamente, eu contava cada segundo em minha cabeça. Eu contava cada milésimo de segundo, e rezava para que eles se passassem rapidamente para que eu pudesse ver a minha Ash. Sophie e Chad haviam voltado. Eles vieram caminhando sem nenhuma expressão no rosto. Sophie dava leves tapinhas no peitoral de Chad, o acalmando, enquanto ele parecia frustrado.
- Podem ir! - Sophie disse, poupando Chad de dizer alguma coisa. - É a quinta porta á esquerda, não façam barulho, ok?
- Não vamos fazer. - Disseram Christian e Jhenny se levantando de mãos dadas e indo em direção ao corredor.
Pude ouvir a conversa deles, mas eu não prestava atenção.
- Justin. - Chad começou a falar. - Você e Ashley..
- O que tem? - Eu perguntei, parando de encarar o vazio e olhando pra ele.
- Vocês são namorados, certo? - Ele perguntou.
- Somos. - Respondi com firmeza.
- Ela vai ficar bem.. - Sophie disse pra Chad, interrompendo a conversa..
Depois disso, voltou o silencio infernal. O silencio que martelava na minha cabeça, que me matava por dentro a cada segundo mais. Christian e Jhennifer apareceram no corredor.
- Já? - Eu disse, me levantando em um pulo. - Aconteceu algo?
- Não. - Ele falou. - Vai lá.
Saí correndo até o corredor. Meu coração começou a bater tão rápido, que parecia que ia sair pela boca, ou atravessar meu peito. Contei as portas e finalmente chegou na quinta. Parei de correr e olhei a porta por alguns segundos. Eu não estava preparado, eu sabia disso e eu não sabia como ela estava. Coloquei a mão na massaneta e fechei os olhos com força, girei-a devagar e empurrei a porta, abrindo-a.

Capítulo 8 - Where are you now? I can't see the light. - Parte II


Os garotos saíram correndo e em questão de segundos não se via mais nenhum deles. O motorista deu ré e em seguida fugiu, dirigindo em alta velocidade. Senti as batidas do meu coração como se fossem badaladas de relógio. Saí correndo em direção á Ash. Ela estava caída no asfalto, inconsciente, com a cabeça sangrando, o rosto esfolado, seus braços e pernas tambem machucados . Caí de joelhos, fraco, lágrimas percorriam meu rosto. A idéia da morte dela começou a percorrer minha cabeça e eu só consegui chorar. Por um segundo, eu não conseguia sequer pensar na minha vida sem ela. Não conseguia me imaginar sem ela por perto. Eu não podia ficar sem ela. Ficar sem os abraços dela, ficar sem sentir seu cheiro, sem sentir o gosto do beijo, sem poder tocá-la. Minha vida não teria sentido algum sem a minha garota. Minhas mãos tremiam, e não conseguia me levantar, não conseguia sair de perto dela ou parar de segurar suas duas mãos com as minha mãos trêmulas. Passou um filme pela minha cabeça, tudo o que haviamos passado em tão pouco tempo. Todos os dias, todos os momentos, as noites que eu havia dormido abraçado com ela. Será que mesmo depois de tudo aquilo, nós poderiamos acabar assim? Eu não sabia. A unica coisa que eu sabia é que eu a amava mais que tudo, e que se ela se fosse, meu coração iria junto com ela.
- Por favor, não vai, fica comigo... - Eu disse, em meio as lágrimas.
A cabeça de Ash continuava sangrando, então tirei minha blusa e coloquei sobre sua cabeça para estancar o ferimento, como minha mãe havia me ensinado uma vez. Estava frio, mais eu não ligava. Jhenny estava do meu lado, chorando enquanto ligava pra emergencia. Ouvimos passos de alguém correndo, era Christian.
- Eu falei com ela, ela disse que.. - Christian dizia até que se aproximou e viu Ash caída. - Ashley! - Ele se agaixou, com os olhos arregalados. - Oque aconteceu? Meu deus ! Temos que chamar a emergencia! O que aconteceu com ela?
- Não sabemos como ela está. - Jhenny disse, chorando.
De repente, tudo começou a ecooar. Eu podia ouvir as pessoas se aglomerando ao redor, Jhenny desesperada ao celular e Christian estático, chorando sozinho. O brilhante da aliança que eu havia dado á ela em seu dedo, brilhava. Fechei os olhos com força: só queria que aquilo fosse um pesadelo. Pessoas e mais pessoas foram aparecendo, e se aglomerando em volta de nós. Alguns querendo ajudar, cedendo carros pra levar ao hospital. Outros querendo ver só o que estava acontecendo. Até que a ambulancia finalmente chegou. Os para-médicos começaram a fazer os primeiros socorros ali mesmo, colocaram ela em uma maca, imobilizaram, colocaram algo em seu pescoço, em sua cabeça e a cobriram tipo de papel metálico. Eu não soltei sua mão nem por um segundo.
- Vocês são amigos dela? - Um dos para-médicos perguntou pra mim, Chris e Jhenny.
- Somos. - Jhennifer respondeu.
- Tudo bem. Entrem na âmbulancia. - Disse ele, abrindo uma das portas.
Nós entramos e nos sentamos, continuei segurando a mão dela. Os para-médicos ainda a atendiam.
- Ela vai ficar bem? - Eu perguntei, em meio as lágrimas.
- Sinceramente, eu não sei. Ela perdeu muito sangue.. - Ele falou, enquanto á olhava. - Vamos rezar pra que fique.
- Por favor. Salva ela..
- Eu vou fazer de tudo garoto, eu prometo. - O para-médico respondeu, voltando á seu posto.

terça-feira, 27 de março de 2012

Capítulo 8 - Where are you now? I can't see the light. - Parte I



Narrado por Justin Bieber.

Eu estava assustado, não sabia o que fazer. Christian tentava me acalmar, estávamos sentados na mesma mesa em qual haviamos sentados antes de tudo acontecer. Eu podia ouvir alguns barulhos, elas ainda estavam dentro do banheiro, trancadas. Eu queria poder invadí-lo e tirar a minha Ash dali, mais não havia como. Todos ficaram olhando para a porta do banheiro, e todos podiam ouvir os barulhos. Coisas quebrando, caindo Eu só queria que ela estivesse bem. Eu tremia.
- Acalme-se, cara! Tudo vai ficar bem. - Christian dizia, tentando me acalmar, mas nem ele próprio conseguia ficar calmo.
De repente, ouvi um barulho de porta se abrindo, me levantei e olhei. Era Ash. Meus olhos brilhavam, eu sabia que tudo ia ficar bem. Reparei que suas mãos estavam sujas de sangue e fiquei paralizado. O que ela havia feito? Matado Sarah? Ela veio ao meu encontro, sem expressão alguma em seu rosto. Eu estava preocupado, saí correndo até ela:
- Voce é louca? - Eu gritei, assustado.
- Não, não sou. - Ela respondeu, calma, me olhando.
- PORQUE VOCÊ FEZ ISSO COM ELA? - Eu gritei novamente.
- VOCÊ VAI DEFENDER ELA? - Ela disse com os olhos arregalados.
- VOU, PORQUE VOCÊ ESTAVA ERRADA! - Eu não conseguia falar calmo, aquilo tudo tinha me deixado preocupado.
- Então já que voce está defendendo ela... - Ela começou a chorar, o que fez meu coração cair em pedaços. - Deve ser verdade mesmo o que ela disse, voce ainda pertence á ela! - Ela saiu correndo, antes que eu pudesse dizer que eu não queria saber de Sarah nunca mais.
Fiquei desesperado eu não conseguia me mexer e sair correndo atrás dela, eu não conseguia nem sair do lugar, Christian saiu correndo atrás dela e eu fiquei lá, paralizado. Pude ver Sarah saindo do banheiro, o nariz dela sangrava bastante a ponto de pingar, sua cabeça sangrava e partes de sua roupa estavam rasgadas. Ash era realmente forte. Jhenny caminhou até mim e me puxou.
- Justin, a gente precisa ir atrás dela. - Ela disse me puxando.
Fomos correndo, saímos do boliche e fomos até a entrada principal do Shopping, haviam poucas pessoas lá fora, não conseguiamos avistar Ash, estava escuro lá fora.
- Vai pra o lado esquerdo que eu vou pro direito! - Eu disse, saindo correndo pro lado direito da entrada.
Olhei para todos os lados, perguntei pra algumas pessoas que passavam e nada. Ninguém havia visto ela. Corri até a entrada novamente e Jhenny estava lá, ela também não havia achado.
- Ela deve estar no ponto. Se ela foi embora, tem que ter ido de taxi certo? - Jhenny falou, e puxou, saindo correndo.
Tive esperança de poder encontrá-la lá e explicar tudo. Cheguei no ponto e não havia mais ninguém lá, nem sinal dela. Comecei a olhar em volta, e avistei um grupo de garotos em uma rodinha, uma garota estava lá dentro. Depois de olhar bem, pude ter certeza, era ela. Jhenny e eu disparamos até eles e vi ela se soltar e correr, cambaleando, tentando atravessar a rua. Ouvi um barulho, tinha um carro se aproximando. Fiquei estático.
- ASH, NÃO! - Foi o que eu consegui gritar ao ver minha garota sendo aremessada por um carro em alta velocidade.

domingo, 25 de março de 2012

Capítulo 7 - So why can't you see? You belong with me! - Parte Final


Caminhei e deixei Christian pra trás. Saí do shopping, estava escuro e não havia quase ninguém na rua. Fiquei com um pouco de medo, ainda mais sozinha, mas minha raiva cobria isso. Caminhei até o ponto de taxi olhando pros lados, pra ver se vinha alguém, mais nada. Fiquei sentada no ponto mais de 40 minutos e nenhum taxi passava. Já era quase meia-noite. Agora, não havia ninguém na rua. Fiquei olhando meu anel por um tempo, o anel que Justin tinha me dado. Por um momento eu pensei em voltar lá e me desculpar, mais me desculpar porque? Ela havia me provocado, e ele havia defendido ela. Quem deveria se desculpar era ele, eu não devia desculpas á ninguém. Em outro momento eu pensei em jogar aquele anel fora, assim como tudo o que eu sentia por ele, mas não era tão simples como jogar algo que você não usa fora, era bem mais do que isso. Enquanto eu pensava, pude perceber um grupo de garotos se aproximando do ponto, eles pareciam muito tontos, bêbados. Fiquei parada, sentada onde eu estava.. eu estava preocupada com outras coisas pra ficar pensando em garotos bebados no meio da rua. Continuei pensando, de cabeça baixa, até que eles se aproximaram de mim. Agora eu podia ver, pareciam todos drogados e cheiravam à destilaria. Bebados e drogados, talvez. Ainda sim eram garotos bonitos.
- O que a princesa faz sozinha na rua essa hora? - O mais bonito disse, e sentou ao meu lado.
- Estou voltando pra casa. - Eu disse, tentando sorrir.
- Você está triste? - Ele sorriu pra mim, eu podia sentir o cheiro do seu hálito.. cheirava á alcóol.
- Não, estou bem. - Eu abaixei a cabeça.
- Vem se divertir com agente.. - Ele colocou a mão na minha coxa. - Agente promete que não te machuca. - Ele começou a acariciar minha coxa.
- Para! - Eu tirei a mão dele.
- Ih, ela tá de rejeitando David. - Um dos garotos do grupo zombou.
- Não tá não. - Ele me puxou com força pelo braço, rindo.
- EI, ME SOLTA! - Eu gritei. - TÁ ME MACHUCANDO.
Comecei a ficar com medo, afinal, estava sozinha e muito escuro. Eu não sabia pra onde correr, ou a quem recorrer, só haviamos nós lá.
- Eu te fiz uma proposta, você não quis aceitar. - Ele continuava me puxando e apertando meu braço. - Não aceitou por bem... - Ele começou a me puxar.
- ME SOLTA, TÁ ME MACHUCANDO! - Eu continuava gritando, meu braço doía.
- Não vou soltar, vai ter que me agradar primeiro. - Ele começou a gargalhar com os outros garotos.
Eu não sabia o que fazer, podia sentir meu coraçao batendo forte, e eu estava morrendo de medo agora. Olhei para os lados e novamente não havia ninguém, me bateu um desespero. Eu não sabia o que fazer, então, dei um chute nas partes ''intimas'' dele, e ele se agaixou de dor. Foi aí que saí correndo, desesperada. Eu estava de salto, o que não me ajudou. Eu saí correndo em meio toda aquela escuridão da rua. Os garotos que estavam com ele saíram correndo atrás de mim, o que me deixou com mais medo ainda. Eu não sabia o que fazer ou aonde ir, eu só queria sair dali.
- Corre não princesa! - Um dos amigos dele gritava, enquanto corria pra tentar me salvar deles.
Eles eram bem mais rápidos que eu. Parei pra tentar tirar os sapatos, infelizmente eles foram mais rápidos e me alcançaram. Dois garotos me seguravam, um de cada lado, eu não sabia o que fazer. Eu tentava me soltar, tentava bater neles, mais eu não conseguia machucá-los. Era inútil. O garoto que eu havia chutado se aproximou de mim:
- Mais é uma vadia mesmo. Eu tento te fazer uma proposta.. - Ele me deu um tapa. - E você me chuta.
Meu rosto queimou e eu comecei a chorar. Não havia á quem recorrer, eu realmente estava desistindo. Ele se aproximou de mim, os dois garotos ainda me seguravam, e começou a beijar meu pescoço. Eu sentia nojo, tentava chutá-lo, mais com os dois garotos me segurando era inútil. Não tinha mais o que fazer, pedi á deus que ele me ajudasse. Em pensamento comecei a rezar e pedir pra que algo ou alguém me salvasse naquele momento. Eu nunca tive muita fé em milagres e coisas desse tipo, sempre fui do tipo que ficou bem longe de bíblias e igrejas. Mais nesse momento a quem eu recorreria á não ser o cara lá de cima? As lágrimas rolavam em meu rosto, eu estava desesperada, minha voz quase não saía mais de tanto gritar.
- Por favor.. - Eu tentava falar alto. - Me solta! - Eu implorei.
- Talvez mais tarde. - Ele ainda beijava meu pescoço.
Passavam algumas pessoas na rua, mas elas não conseguiam ver o que estava acontecendo, pois estava muito escuro. Com sorte, eu consegui morder uma das mãos dos garotos que me seguravam e com a mão solta, dei um soco no outro fazendo ele me soltar, saí correndo e de repente pude ouvir alguém gritar.
- ASH, NÃO! - Era Justin.
Olhei pra frente, ouvi um barulho e de repente, tudo ficou escuro.

Capítulo 7 - So why can't you see? You belong with me! - Parte IIII


Continuamos jogando e nos divertindo. Estava meio tarde, então resolvemos ir embora.
Justin e Chris ficaram sentados na mesa, conversando sobre alguma coisa, enquanto Jhenny e eu fomos pagar a conta. Não demorou e logo o carinha que estava no caixa nos atendeu. Entregamos a ficha da nossa mesa junto ao dinheiro. Ele retirou o recibo e entregou na mão de Jhenny. Nós começamos a caminhar até a nossa mesa. Jhenny parou com os olhos arregalados, eu olhei na direção em que ela olhava. Sarah tentava beijar Justin, enquanto ele tentava afastá-la e empurrava, e Chris sem saber o que fazer. Foi a gota d'água. Saí andando, em direção á Sarah. Nada no mundo iria me segurar agora.. Cheguei perto e Justin a segurava mantendo-a longe e ela ainda o agarrava. Jhenny ainda paralizada, enquanto as amiguinhas de Sarah riam. Eu não vi mais nada, a única coisa que me vi fazer foi puxar Sarah tão forte pelos cabelos e ela saiu. As pessoas correram pra perto, e eu subi em cima dela, e comecei a dar tapas no rosto dela.. Não conseguia me controlar. Era como queimar a ponta do rabo de um urso durante a hibernação. Eu não conseguia parar de dar socos e tapaz nela. Justin me puxava pelo braço, tentando me tirar de cima dela, e eu só conseguia continur batendo.
- Ash, para! - Justin gritava, enquanto tentava me tirar de cima dela.
Eu apenas continuava batendo nela e as arranhões dela eram inuteis. A cara dela de vermelha, começou a ficar inchada.. Ela me jogou pro lado, e conseguiu levantar e sair correndo. Eu saí andando atrás dela e toda a multidão atrás, inclusive Justin. Quando consegui alcançá-la, a empurrei. Fiquei parada pra que ela levantasse e eu continuasse como se tivesse honra. Ela se levantou, e junto com sua cara inchada, e o nariz parecia sangrar. Ela começou a chorar, e fazer o sinal com as mãos pra que eu parasse. Não conseguia sentir pena dela. As mesmas duas amiguinhas que estavam com Sarah no banheiro vieram em minha direção, correndo.. Imaginei que elas avançariam em mim. Jhenny veio logo atrás, puxando uma pelos cabelos e dando um empurrão na outra. Agora nós, eu e Jhenny. Eu conseguia ver o rosto de Justin e de Christian, estavam ambos aflitos. Justin tentava passar pelas pessoas pra me tirar dali, mais era inútil.
Antes que eu pude perceber, estávamos no banheiro. A confusão continuou, várias pessoas correndo pra ver. Entrei no banheiro e tranquei a porta. Ela estava encostada na pia, me olhando, não parecia estar com medo, e sim com raiva. Ela avançou em cima de mim e eu caí com ela em cima de mim. Ela tentava prender meus braços, mais não conseguia. Por um descuido dela, eu consegui me levantar. Ela ainda estava deitada no chão, e eu comecei a arrastá-la pelos cabelos até um dos boxes.. senti minhas pernas tremerem. Pessoas batiam na porta, e tentavam arrombá-la. Consegui arrastar Sarah pelos cabelos pra dentro de um boxe. Ela conseguiu se levantar e saiu correndo até a porta, mas antes que ela destrancasse a porta eu a puxei. Peguei sua cabeça e bati com tudo no compartimento de por papel higienico grudado na parede. Ela gritou de dor. Ela estava caída, e seu rosto todo sangrava. Lá no fundo, pude sentir pena, mesmo com ódio. Não era eu ali. Em vez de continuar, apenas destranquei a porta e saí, deixando-a caída no chão. Havia muitas pessoas lá fora: Justin, Christian, Jhenny com a blusa rasgada e sorria pra mim, as amigas de Sarah pareciam assustadas. Justin correu até mim, parecia realmente assustado.
- Voce é louca? - Ele gritou pra mim, bravo.
- Não, não sou. - Respondi calma, enquanto o olhava.
- PORQUE VOCÊ FEZ ISSO COM ELA? - Ele continuou gritando.
- VOCÊ VAI DEFENDER ELA? - Disse, incrédula por ele estar gritando comigo por causa dela.
- VOU, PORQUE VOCE ESTAVA ERRADA! - Ele gritava ainda.
Eu não podia acreditar, que ele estava realmente defendendo ela. Chris e Jhenny pareciam incrédulos, enquanto o olhavam.
- Então já que voce está defendendo ela.. - Lágrimas começavam a sair. - Deve ser verdade mesmo o que ela disse, voce ainda pertence á ela! - Saí correndo, em meio as pessoas.
Peguei minha bolsa e saí do boliche. Minhas roupas estavam apresentáveis, nada rasgado, nada sujo. Apenas minhas mãos , um pouco sujas de sangue dela. Pude ouvir passos de alguém correndo e em direção á mim, eu não quis me virar pra ver quem era, não importava.
- Ash! - Pude ouvir uma voz, a voz familiar de sempre.. Christian.
- Se for pra me julgar, não precisa. - Eu continuei andando.
- Não, Ash. - Ele correu e ficou de frente pra mim. - Eu só quero dizer que Justin não fez por mal.. e ele te ama.
- Ama? - Eu olhei, sem demonstrar reação. - Tem certeza? Defendendo ela.. ele me ama?
- Ele não quis..
- Que modo mais moderno de amar, não? - Eu tentei sorrir. Comecei a caminhar novamente..
Eu não queria mais saber de nada, nem de amigos, boliche, Sarah, Justin, nem muito menos das minhas férias.. Eu só queria ir pra minha casa, e ficar lá. Voltar a ser a garota com poucos amigos da escola, voltar a conversar com Jhessica, a desejar Dave. Agora eu podia realmente ver, eu era feliz antes de tudo. Mesmo com a minha vida monótona e meus poucos amigos. Agora eu tinha amigos, um namorado ou ex, e vários problemas, sofrimento. Eu amava Justin, mas eu estava cansada de ser tudo tão complicado com ele.