Caminhamos até minha casa caladas, de mãos dadas. Entramos em casa e não havia ninguém na sala, e nem barulho de alguém na casa.. No minimo, meu pai e Sophie haviam saído. Jhenny e eu subimos as escadas, pelo corredor e entramos no meu quarto, trancando a porta. Eu estava realmente arrasada, ainda doía muito, e eu nao estava suportando.. ''Ele mentiu pra mim'', essa frase nao saía na minha cabeça, e cada vez ecooava mais e mais alto. Porque as pessoas fazem promessas sem a intenção de cumprí-las? Pra deixar as pessoas prometidas tristes? Pra fazê-las sofrerem? Eu não me arrependia de nada que eu havia dito á ele, nada mesmo. Era o que ele merecia ouvir. Bela história pra um livro. Senti as mãos de Jhenny se entrelaçando em mim, e a olhei-a: ela estava calada, com uma expressão triste e me abraçando, tentando me confortar.
- Você é fantástica! - Ela arrumou meu cabelo. - Ele não te mereçe.
Eu não dei ouvidos, eu nao queria entender, eu nao queria sequer pensar no que ela tinha falado. Eu não conseguia ouvir, fazer, pensar, falar nada. Eu queria apenas ficar sozinha comigo mesma, sem ninguém, apenas sozinha com meus pensamos e a minha dor. Queria sofrer sozinha, queria estar sozinha. Uma desilusão de amor aos 15 anos? Bela estréia Ashley. A pessoa que eu mais amava agora, era a mesma que eu mais queria odiar.. e eu ainda não sabia como isso podia ser possivel.
- Vou embora Ash. - Jhenny disse se levantando. - Preciso ficar sozinha, assim como você.
Eu continuei sentada imóvel, sem falar nada, eu não conseguia.
- Fica bem. - Ela disse, saindo com sua mochila pela porta do meu quarto.
As lágrimas começaram a cair denovo, involuntáriamente, meu rosto estava encharcado. Eu não queria e não podia mais pensar nele. Me levantei e fui para o banheiro, eu precisava de um banho. Senti a água quente cair sobre mim, era reconfortante. Pude sentir o cheiro a minha mãe naquele momento, era como se ela estivesse ali, comigo.. Mas infelizmente ela não estava. Não havia ninguém. Saí do banho e me troquei, não queria mais saber de nada. Já era quase 6 da tarde e eu me deitei na cama, fazia frio e nevava lá fora. Tentei pensar nas coisas boas: como eu era feliz antes de vir pra cá, na minha mãe, em Jhessica, em tudo que me tirasse ele da cabeça. Não consegui, e a cada tentativa frustrada de tirá-lo da minha cabeça, ele só reaparecia mais e mais. Cenas passavam na minha cabeça como pequenos flashes... Comecei a chorar novamente e adormeci.
Acordei com a claridade batendo em meu rosto, meus olhos ardiam e minha cabeça doía, rodava, eu tinha esquecido de fechar a janela. Já era outro dia, em um segundo eu assimilei tudo que havia acontecido, e eu estava pior que ontem. Sentia todo meu corpo doer, eu estava quente, me sentia mal, não conseguia me levantar. Até que alguém abriu a porta:
- Ash, querida. O café já está pronto. - Era Sophie me chamando pra tomar café lá em baixo.
- Eu estou me sentindo muito mal, Sophie.. - Eu realmente não conseguia me levantar. - Pode chamar meu pai? - Tentei falar alto, mais não consegui.
- Tudo bem querida. - Ela me olhou por um tempo, desapareceu e depois de alguns segundos meu pai apareceu no lugar dela, na porta.
- Ash, querida! O que foi? - Papai entrou no quarto, caminhou até mim e se abaixou.. ele parecia bem preocupado.
- Meu corpo dói, minha cabeça lateja. - Eu tentava falar.
Meu pai colocou a mão em mim:
- Ashley, você está ardendo em febre! O que voce fez ontem? Ficou dentro de um freezer?
- Quem me dera.. - Sussurrei pra mim mesma..
- Vou chamar um médico, não se mexa. - Meu pai saiu do quarto, rápido.
Galera, não está tendo comentários. Está tendo visualizações, mas nada de comentários. Sei quem nem todos tem conta do blogger, mais quem quiser pode me falar pelo twitter o que achou e talz. É bom pra me incentivar ok? Obrigada. Post com comentários.
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